Grécia pondera criar Moeda Ibérica

Depois dos constantes fracassos nas negociações e renegociações com a "Troika", a Grécia abre a possibilidade de criar uma nova moeda a nível Ibérico, ja que os países com mais dificuldades, Grécia, Portugal, Espanha e Itália não estão de acordo com as medidas pesadas que a Troika e FMI impõem às populações, e, que até agoram não resultaram muito, uma vez que os planos deles batem directo com alguns fundamentos e directivas dos Direitos Humanos, privando e carenciando as populações ao total caos econômico e social com os abusivos impostos a subirem constantemente a mando deles, e os tais sacrifícios ja estão chegando ao limite do que é suportado pelo povo. 
"Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!"



As manifestações anti-troika ganham terreno em todos os países envolvidos, sobretudo na Grécia e em Portugal, onde os descontentamentos com o governo que aceita as imposições ditadas pelo FMI estão a gerar uma onda de manisfestações agendadas para os próximos dias através das redes sociais, e onde partidos de direita ou de esquerda, associações ou sindicatos não tem lugar e não devem influir ou participar, pois são estes mesmos os "ditos" mau da raíz. O povo é quem vai sair à rua. 

Por estas e muitas outras, um comité de negociações, avaliação e estudos vai se reunir em Barcelona nas próximas semanas, nele se sentaram à mesa alguns dos mais respeitados economistas destas nações e outras que queiram e possam ser convidadas.
Mas o que muda, ou mudará?
Bem acho que basicamente acontecerá o mesmo como foi outrora com a transição do escudo para o Euro, com a nova moeda a estar nivelada com o Euro, porém um pouco mais desvalorizada, mas ano a´pos ano a nova moeda começaria a desvalorizar e assim ganhar terreno perante o domínio do Euro na Europa pois conpetiria directamente com esta. A concorrência directa com o Euro na Europa deves que é péssima para a Zona Euro, e países como Alemanha e França, os grandes beneficiários do Euro ficariam a perder. E é exatamente oque "eles" não querem, aliás nem os EUA queriam isto, pois a nível mundial mexeria muito com as economias, pois criaria mais concorrencia dos mercados.
Mas quem ganharia com isto?
Basicamente se bem planeado e trabalhado a nova Zona ibérica ganharia, não só os países que estão na União, mas os que compõem as línguas ibéricas.

Veja esta matéria de 2010 no Caderno de Economia do Diário de Notícias:



ZONA EURO
Atacar países ibéricos é atear fogo à Alemanha e à França

Especialistas rejeitam a ideia de que o euro pode ser partido em dois: um para os países ricos, outro para os pobres.

Só com uma união económica total e incondicional, virada para o crescimento e a criação de emprego, é que os países do euro podem proteger bem a sua moeda da especulação, avisam vários observadores, da esquerda à direita, que rejeitam a ideia de um euro a duas velocidades.

Sem isso, argumentam, os países vão continuar sob extrema ameaça ou a capitular nos mercados da dívida, ameaçando o projecto do euro como um todo.
Grécia caiu na Primavera, Irlanda caiu há uma semana, Portugal está no limite das suas resistências, mas, rapidamente, a agressividade dos especuladores se virou para Espanha, a quarta maior economia do euro, no decorrer desta semana. O problema com a economia espanhola é, contudo, o perigo maior: segundo um estudo do Barclays Capital, França e Alemanha são os países mais expostos a um cenário de insolvência da economia espanhola. Por seu turno, Portugal é uma dor de cabeça potencial para Espanha e França, o que dá a ideia do efeito dominó que o colapso dos países ibéricos pode provocar.

Maria João Rodrigues, conselheira da Comissão Europeia, de várias instituições comunitárias e do Governo português, lamenta que assim seja, que a Zona Euro seja "uma construção incompleta" e que, no meio do caos da crise financeira e económica, a Europa tenha relegado para segundo plano a economia. "Temos de ter instrumentos e meios de apoio ao crescimento, ao emprego e à competitividade, ao mesmo tempo que tratamos destes problemas financeiros", caso contrário "os países [hoje em apuros, como Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda] vão divergir" ainda mais, alertou ontem a professora, num debate promovido pelo gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

A opinião da consultora é partilhada por outros, como João Rodrigues, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, ou Luís Mira Amaral, ex-ministro do Trabalho e presidente do BIC Portugal, embora discordem nos meios para se atingir a meta do crescimento. Todos rejeitam a ideia de um euro a duas velocidades: ou há união, ou então não vale a pena.

O "esquecimento" da dimensão económica da união monetária deu já azo a dois colapsos na Zona Euro. O cenário de uma Zona Euro partida ao meio é inconcebível e, no limite, viola as normas básicas dos tratados, defendem.
Maria João Rodrigues criticou ainda os obstáculos sucessivos que têm sido levantados pela Alemanha na procura de uma solução para a crise da dívida pública. "Os alemães têm dificuldade em olhar para a Europa como um projecto político e de solidariedade. Normalmente, olham para o projecto europeu como uma plataforma para reforçar a sua competitividade", disse.

João Rodrigues também considera que "o euro precisa de muito mais partilha de riscos e de avançar no caminho de uma maior integração de interesses, de pôr a dimensão monetária ao serviço da economia, não o contrário". "É preciso dar maior expressão a instituições como o Banco Europeu de Investimento, gerar condições para a emissão de obrigações europeias, para o reforço do orçamento comunitário", concorda.

Mira Amaral vê uma saída construtiva para a crise: "maior partilha de responsabilidades, coordenação e federalismo". "Eu nem coloco a hipótese de sairmos do euro... Ou, pior, da Alemanha sair do euro. Isso seria regressar ao Terceiro Mundo", atira. "Insisto que Portugal está pior do que a Irlanda, tem problemas estruturais graves que bloqueiam o crescimento agora e vão continuar a prejudicar a economia nos próximos anos, de certeza", acrescenta. A seu ver, no curto prazo só há uma forma de apaziguar os mercados: "estabilizar as contas públicas". "Se não conseguirmos fazer isso sozinhos, então que venha o FMI, também não vai ser pior do que já é", defende.


por LUÍS REIS RIBEIRO 27 novembro 2010 DN

Bem, alguns dizem que isto é voltar ao passado, eu digo ao contrário. Naão é fugir de um mal, nem do erro, aliás é aprender, pois os únicos que ganharam com o Euro...bem vocês ja sabem quem foram...e seram estes a dificultarem as coisas.
Num passado não muito distante outros países mudaram de moeda progressivamente e hoje estão com suas moeda fortalecidas, embora haja outras situações que convém saber, estes países que a Grécia quer que participem na entrada em um novo bloco econômico se situam em uma zona altamente traiçoeira e especuladora.
Com certeza se estas reuniões acontecerem a Alemanha e França enviaram suas forças máximas para combaté-la, porquê? Bem .... CENSURADO


Aliás....
...quando ganham estes senhores da Troika??!!!....

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