Os Segredos do Vaticano


Os Negócios terrenos.

   O Banco do Vaticano é uma espécie de offshore no interior da cidade-estado.
   Mas esta qualificação tem um lado negro:corporiza as suspeitas sobre o envolvimento da Igreja Católica em processos financeiros opacos e, às vezes, ilegais. 
   Nas últimas decadas as dúvidas aumentaram e deixaram de ser comentadas apenas em círculos fechados. O Vaticano enfrenta todo o género de acusações, umas justas, outras nem tanto, mas a dificuldade em explicar a sua forma de funcionamento aumenta a desconfiança.
O primeiro grande escândalo esteve directamente ligado ao ouro roubado aos judeus pelos nazis. Segundo o Simon Wiesenthal Center (organização judaica que persegue em todo o mundo os criminosos nazis), o Banco do Vaticano recebeu ouro, prata e jóias roubadas pelas tropas de Hitler durante a segunda guerra mundial, limpando-as de qualquer suspeita. Em troca deste serviços de branqueamento, a Igreja teria ficado com uma percentagem dos tesouros roubados. Quanto? Ninguém sabe.
O segundo escândalo que rebentou no Banco do Vaticano teve a ver com a mesma fraude: lavagem de capitais, neste caso com possiveis ligações à máfia e a movimentos de extrema direita relacionados com a Loja Maçónica P2. A história tem um enredo de romance policial. Em 1981,o Banco Ambrosiano, na altura a principal entidade privada financeira italiana, entrou em colapso, deixando mais de 1,3 mil milhões de dólares em créditos irrecuperáveis.
O Financial Times chamou-lhe "a mais grave crise da banca ocidental" e ainda hoje as suspeitas à volta do proceso continuam por apurar.
O jornal económico não se enganou na dimensão do buraco, nem na gravidade dos actos cometidos por Roberto Calvi,o admnistrador do Banco. Conhecido como "banqueiro de Deus",devido aos seus preciosos contactos no Vaticano, em dez anos Calvi montou um esquema que fez disparar o valor da empresa. O truque era simples: abria sucursais do Ambrosiano em paraísos fiscais e criava companhias-fantasma que pediam empréstimos ao Ambrosiano. O dinheiro cilculava à margem do controlo das autoridades. Acontece que o dono dessas empresas era quase sempre o banco ou, noutros casos, o próprio Vaticano. Acontece  que a origem desses financiamentos era muitas vezes estranha: dinheiro de milionários italianos desejosos de não pagar impostos e dinheiro oriundo da economia paralela, provavelmente da máfia.
O que fazia o Vaticano metido com uma pessoa como Roberto Calvi? Na realidade não era apenas Calvi, era também Michele Sindona, conselheiro financeiro do vaticano nos anos 70, mais tarde acusado de ter provocado o colapso do Franklin National Bank, em Nova Iorque, e finalmente condendo a 25 anos de prisão. Sindona e Calvi tiveram um fim à medida dos negócios envolvidos: trágico. O primeiro foi envenenado na prisão com cianeto. O segundo,apareceu enforcado debaixo de uma ponte em Londres, a ponte dos
frades negros (Black-Friars Bridge).
No entanto o Banco de Itália deixou morrer o caso(claro que a Igreja tem um peso enorme) e a questão ficou apenas como uma nódoa na reputação da «Santa Sé». Desde então, o Vaticano tem procurado mudar de métodos. Hoje sabe-se que terá investimentos em grandes empresas como a Shell, a General Motors, a General Electric, que é proprietária de catedrais, hotéis e edifícios; que investe em fundos imobiliários e acções da bolsa, e que como todas as empresas tem anos de lucro e anos de défice.Em 2003,consta que o Vaticano perdeu 11,8 milhões de dólares.

O Lucro de Fátima
 As dioceses espalhadas pelo mundo têm independência
financeira, e o Vaticano espera que, todos os anos, elas enviem uma parte da sua facturação para ajudar a Cúria Romana. Em 2003, as contas do Santuário de Fátima revelaram receitas de 17,7 milhões de euros e gastos de 9,2 milhões -ou seja, um lucro de 8,4 milhões. Desde que foram divulgadas as primeiras contas de Fátima, referentes a 1999, os lucros anuais andam à volta dos 8 milhões de euros. A venda de velas, livros e outros artigos religiosos contribuíram com 984 mil euros. Os parques de estacionamento do santuário, os edifícios nas ruas da Cova da Iria (arrendados a particulares), e as 90 lojas também deram bom lucro à Igreja.

A infiltração da Maçonaria no Vaticano em:http://senhoresdomundo.blogspot.com/2005/05/o-vaticano-contra-cristo.html

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